segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sempre o Mesmo

Todas as noites ela deitava na cama e fechava os olhos, mas via a sua frente aquele rosto, com o sorriso doce nos lábios. As risadas que deram juntos, os olhares sustentados, as palavras, sem sentido, ditas. Não dava pra ela esquecê-lo, mas todas as vezes que se perguntava se ele estava pensando nela, a resposta que vinha em sua mente era somente negativa. Não acreditava nessas coisas, mas sempre que via os números iguais nas horas, não podia deixar de desejar que ele estivesse enfim pensando nela. Ela não contava, pois queria continuar sendo sua amiga. Ninguém sabia desse seu amor secreto, somente duas amigas. Ela não se atrevera a contar pra mais ninguém; eram muito diferentes. Talvez um dia ela tomasse coragem. Talvez um dia ele viesse a gostar dela. Mas enquanto esse dia perdido no infinito não chegasse, tudo o que restava eram sonhos confusos, mas, ao mesmo tempo, apaixonados.

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